terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Comento Architectura, de Soares Feitosa, poeta cearense do Jornal de Poesia

Fonte:http://www.uniblog.com.br/clevanepessoa-universos/


Comento Architectura, de Soares Feitosa, poeta cearense do Jornal de Poesia


(desenho de Clevane Pessoa, da série Graal feminino Plural)
Architectura
                                                                                     
     
Para Lúcia Regina Godinho Freire
   
Um dia, Ela 
desenhará em chãos longínquos a casa só nossa,
que eu farei com estas mãos.
Os tijolos, eu os amassarei com os meus pés.
Às telhas —
hei de aprontar o barro mais macio,
e as formas serão por mim,
uma a uma, completadas;
Ela as alisará longamente — 
seus dedos molhados de um profundo silêncio:
só os pássaros.
Fortaleza, manhã de 19.11.1998
><**><
ARCHITECTURA,
DE SOARES FEITOSA
Um poema de amor in/condicional se desenha na resenha da alma apaixonada.
A condição necessária a que se erga a casamiga, acasarte acasalados os sonhos, os corpos, os tempos, é que pés sejam encantadas para que a massapão, argila massapé, seja de fato misturada ao erótico olor da baunilha.
Mãos podem ajudar, mas pés de andar, de se encaixar, colheres de pedreiro próprias à maciez da pedra sabão, pedrinhas sabonetes, saboneteiras da amada, são preferenciais.
Tijolos um-a-um levados no colo sob canções de ninar amadas...
Sobrará no alto da estatura, a força do olhar. Olhar trocado, somado, atraindo querências.
Soltura nas frestas, argamassadas, telhas já saídas do forno de esperanças quentíssimas, para telhado de refrescar/proteger amores abrigados abaixo.
Trepadeiras hão de pintalgar as tintas da sensualidade.Amoras desmanchadas hão de rosear as mãos e os pés e o corpo inteiro, barreiro de arteiro artista, artesão,artífice, ardente construtor de signos sutis que levam a fazer versos de rima gasta mas sempiterna, terna, eterna:amor.
Amoridade. Amorosa idade. A idade da ROSA. A idade do tronco. E a casa, lindura em architectura inventada apenas para o olhar da amada...
Belo Horizonte, em 30/03/2005,
Clevane Pessoa de Araújo Lopes, para Soares Feitosa, em análisenluarada de sua poesia architectada na alma...
Soltura nas frestas, argamassadas, telhas já saídas do forno de esperanças quentíssimas, para telhado de refrescar/proteger amores abrigados abaixo.
Trepadeiras hão de pintalgar as tintas da sensualidade.Amoras desmanchadas hão de rosear as mãos e os pés e o corpo inteiro, barreiro de arteiro artista, artesão,artífice, ardente construtor de signos sutis que levam a fazer versos de rima gasta mas sempiterna, terna, eterna:amor.
Amoridade. Amorosa idade. A idade da ROSA. A idade do tronco. E a casa, lindura em architectura inventada apenas para o olhar da amada...
Belo Horizonte, em 30/03/2005,
Clevane Pessoa de Araújo Lopes, para Soares Feitosa, em análisenluarada de sua poesia architectada na alma...
Pubicado inicialmente na Fonte :http://www.revista.agulha.nom.br/clevanepessoa.html
Obs:Um dia, mandei um texto com essa bela palavra, Architectura e Soares Feitosa disse-me que abrira o e-mail pensando que eu  comentava o dele.Fui ler e encantei-me.Isso aconteceu em 2006,mas vale a pena compartilhar .
Clevane Pessoa, Diretora Regional do InBrasCi (Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais)

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