Em 13032013-Habemus Papa-Francisco I
Poema Para S.Francisco de Assis-Clevane Pessoa-1996
Ao "Poverello" Amado
(Imagem - de São Francisco da artista plástica Rose Antonelli)
Poema para São Francisco de Assis
***
Em anuência à simplicidade,
Francesco despe as vestes do poder,
as personas da nobreza,
troca o relativo pelo absoluto
e sai
pelo mundo a colecionar belezas:
as águas que lhe mitigam a sede,
o sol
que a pele lhe aquece,
a lua
que o veste de luz
as aves
cuja siringe o encanta
as árvores
em cuja sombra
descansa
qual cordeiro do Senhor...
Francesco enlouquece
de Amor !
Fala com as criaturas
chamadas irracionais,
não se abriga aos temporais,
divide todo alimento...
Prefere
ser ferido a ferir,
nem com a palavra mais leve,
ele fere
a doçura é o seu agir...
Não se toca
se não é compreendido:
o que importa é compreender...
Francisco, para quem a porta
de sua casa se fechou,
envergonhou a família
ao se apaixonar pela singeleza,
tão pouquinho sendo manto,
a mera manhã tendo tanto
brilho em seu canto
quando canta o amigo sol,
da irmã lua, o encanto...
Desamado,
não se põe envergonhado
perante o Absoluto,
que o enriquece de Graça...
O importante é amar...
E ama, apaixonado
pelo vôo da borboleta,
pelo teatro das nuvens,
pelas cores das folhas,
das flores...
Ama e ora, sem necessidade de Missa,
sem nenhum rito da Igreja...
E Francisco ama Clarissa
sem desejo carnal...
Ela
o segue no ideal,
de servir,
antes de servidos serem...
Ela o compreende, isso é tudo...
"Oh Pai, reza ele,
fazei que eu possa mais
compreender que ser compreendido"...
Ele se dá, na gloriosa alegria
da loucura santa...
"É doando que se recebe"...
E aos olhos do povo, em louco se faz,
de si mesmo, se refaz:
"Senhor, fazei de mim
um instrumento de Tua Paz"...
"Onde ódio houver,
que o amor eu leve",
leve folha a voar pelas estradas,
poentas e solitárias,
a falar de amorosidade,
em cada cidade,
a cada pessoa
ensina, determina,
que é preciso ser sempre boa,
a cada instante, de fato...
Em havendo dúvidas,
pedia o louquinho de Deus,
que eu leve aos filhos teus,
a fé...
Se as pessoas se ofendem,
mostrar-lhes-ei as batidas do próprio coração,
para que escutem a voz do perdão...
Se estiverem desunidos,
e a discórdia ocorrer em aluvião
que eu saiba como "levar a união"...
Aos que choram, sofrem
e estão desconsolados,
que eu saiba as palavras exatas,
pois quero "mais
consolar que ser consolado"...
E assim Francisco se ofereceu
sendo até hoje lembrado...
Muito amou,
mas até hoje, também
é um santo amado, venerado
em imagens de barro,
do barro que ele pisava,
descalço em seus caminhares...
***
Clevane Pessoa de Araújo Lopes---->Meu poema Caminhares de Francesco, a S.Francisco de Assis, de 1968, foi publicado como e-book, poster poemas , nos Anos 2000...
(Imagem - de São Francisco da artista plástica Rose Antonelli)
Poema para São Francisco de Assis
***
Em anuência à simplicidade,
Francesco despe as vestes do poder,
as personas da nobreza,
troca o relativo pelo absoluto
e sai
pelo mundo a colecionar belezas:
as águas que lhe mitigam a sede,
o sol
que a pele lhe aquece,
a lua
que o veste de luz
as aves
cuja siringe o encanta
as árvores
em cuja sombra
descansa
qual cordeiro do Senhor...
Francesco enlouquece
de Amor !
Fala com as criaturas
chamadas irracionais,
não se abriga aos temporais,
divide todo alimento...
Prefere
ser ferido a ferir,
nem com a palavra mais leve,
ele fere
a doçura é o seu agir...
Não se toca
se não é compreendido:
o que importa é compreender...
Francisco, para quem a porta
de sua casa se fechou,
envergonhou a família
ao se apaixonar pela singeleza,
tão pouquinho sendo manto,
a mera manhã tendo tanto
brilho em seu canto
quando canta o amigo sol,
da irmã lua, o encanto...
Desamado,
não se põe envergonhado
perante o Absoluto,
que o enriquece de Graça...
O importante é amar...
E ama, apaixonado
pelo vôo da borboleta,
pelo teatro das nuvens,
pelas cores das folhas,
das flores...
Ama e ora, sem necessidade de Missa,
sem nenhum rito da Igreja...
E Francisco ama Clarissa
sem desejo carnal...
Ela
o segue no ideal,
de servir,
antes de servidos serem...
Ela o compreende, isso é tudo...
"Oh Pai, reza ele,
fazei que eu possa mais
compreender que ser compreendido"...
Ele se dá, na gloriosa alegria
da loucura santa...
"É doando que se recebe"...
E aos olhos do povo, em louco se faz,
de si mesmo, se refaz:
"Senhor, fazei de mim
um instrumento de Tua Paz"...
"Onde ódio houver,
que o amor eu leve",
leve folha a voar pelas estradas,
poentas e solitárias,
a falar de amorosidade,
em cada cidade,
a cada pessoa
ensina, determina,
que é preciso ser sempre boa,
a cada instante, de fato...
Em havendo dúvidas,
pedia o louquinho de Deus,
que eu leve aos filhos teus,
a fé...
Se as pessoas se ofendem,
mostrar-lhes-ei as batidas do próprio coração,
para que escutem a voz do perdão...
Se estiverem desunidos,
e a discórdia ocorrer em aluvião
que eu saiba como "levar a união"...
Aos que choram, sofrem
e estão desconsolados,
que eu saiba as palavras exatas,
pois quero "mais
consolar que ser consolado"...
E assim Francisco se ofereceu
sendo até hoje lembrado...
Muito amou,
mas até hoje, também
é um santo amado, venerado
em imagens de barro,
do barro que ele pisava,
descalço em seus caminhares...
***
Clevane Pessoa de Araújo Lopes---->Meu poema Caminhares de Francesco, a S.Francisco de Assis, de 1968, foi publicado como e-book, poster poemas , nos Anos 2000...
E ainda hospedado em alguns blogs e sites.
Fonte:fratellosolesorellaluna( blogspot.com/2008_10_01)
*****
"8º Século da Missão de São Francisco
Em 1208 São Francisco trabalha na reparação de São Damião, São Pedro e Santa Maria dos Anjos ou Porciúncula, ouve o evangelho da missa de São Matias (na Porciúncula) sobre a missão apostólica, muda as vestes de eremita e passa a usar as de pregador ambulante, descalço e inicia a pregação apostólica. Aqui propriamente começa o estilo de vida franciscana, apostólica. Ainda neste ano recebe em sua companhia os irmãos Bernardo de Quintavalle, Pedro Cattani e Egídio na Porciúncula".
Postado por Irmão Sol, Irmã Lua às 04:24
Fonte:fratellosolesorellaluna(
*****
"8º Século da Missão de São Francisco
Em 1208 São Francisco trabalha na reparação de São Damião, São Pedro e Santa Maria dos Anjos ou Porciúncula, ouve o evangelho da missa de São Matias (na Porciúncula) sobre a missão apostólica, muda as vestes de eremita e passa a usar as de pregador ambulante, descalço e inicia a pregação apostólica. Aqui propriamente começa o estilo de vida franciscana, apostólica. Ainda neste ano recebe em sua companhia os irmãos Bernardo de Quintavalle, Pedro Cattani e Egídio na Porciúncula".
Postado por Irmão Sol, Irmã Lua às 04:24
domingo, 20 de março de 2011
Poema Para S.Francisco de Assis
-Clevane Pessoa
Ao "Poverello" Amado
(Imagem - de São Francisco da artista plástica Rose Antonelli)
Poema para São Francisco de Assis
***
Em anuência à simplicidade,
Francesco despe as vestes do poder,
as personas da nobreza,
troca o relativo pelo absoluto
e sai
pelo mundo a colecionar belezas:
as águas que lhe mitigam a sede,
o sol
que a pele lhe aquece,
a lua
que o veste de luz
as aves
cuja siringe o encanta
as árvores
em cuja sombra
descansa
qual cordeiro do Senhor...
Francesco enlouquece
de Amor !
Fala com as criaturas
chamadas irracionais,
não se abriga aos temporais,
divide todo alimento...
Prefere
ser ferido a ferir,
nem com a palavra mais leve,
ele fere
a doçura é o seu agir...
Não se toca
se não é compreendido:
o que importa é compreender...
Francisco, para quem a porta
de sua casa se fechou,
envergonhou a família
ao se apaixonar pela singeleza,
tão pouquinho sendo manto,
a mera manhã tendo tanto
brilho em seu canto
quando canta o amigo sol,
da irmã lua, o encanto...
Desamado,
não se põe envergonhado
perante o Absoluto,
que o enriquece de Graça...
O importante é amar...
E ama, apaixonado
pelo vôo da borboleta,
pelo teatro das nuvens,
pelas cores das folhas,
das flores...
Ama e ora, sem necessidade de Missa,
sem nenhum rito da Igreja...
E Francisco ama Clarissa
sem desejo carnal...
Ela
o segue no ideal,
de servir,
antes de servidos serem...
Ela o compreende, isso é tudo...
"Oh Pai, reza ele,
fazei que eu possa mais
compreender que ser compreendido"...
Ele se dá, na gloriosa alegria
da loucura santa...
"É doando que se recebe"...
E aos olhos do povo, em louco se faz,
de si mesmo, se refaz:
"Senhor, fazei de mim
um instrumento de Tua Paz"...
"Onde ódio houver,
que o amor eu leve",
leve folha a voar pelas estradas,
poentas e solitárias,
a falar de amorosidade,
em cada cidade,
a cada pessoa
ensina, determina,
que é preciso ser sempre boa,
a cada instante, de fato...
Em havendo dúvidas,
pedia o louquinho de Deus,
que eu leve aos filhos teus,
a fé...
Se as pessoas se ofendem,
mostrar-lhes-ei as batidas do próprio coração,
para que escutem a voz do perdão...
Se estiverem desunidos,
e a discórdia ocorrer em aluvião
que eu saiba como "levar a união"...
Aos que choram, sofrem
e estão desconsolados,
que eu saiba as palavras exatas,
pois quero "mais
consolar que ser consolado"...
E assim Francisco se ofereceu
sendo até hoje lembrado...
Muito amou,
mas até hoje, também
é um santo amado, venerado
em imagens de barro,
do barro que ele pisava,
descalço em seus caminhares...
(Imagem - de São Francisco da artista plástica Rose Antonelli)
Poema para São Francisco de Assis
***
Em anuência à simplicidade,
Francesco despe as vestes do poder,
as personas da nobreza,
troca o relativo pelo absoluto
e sai
pelo mundo a colecionar belezas:
as águas que lhe mitigam a sede,
o sol
que a pele lhe aquece,
a lua
que o veste de luz
as aves
cuja siringe o encanta
as árvores
em cuja sombra
descansa
qual cordeiro do Senhor...
Francesco enlouquece
de Amor !
Fala com as criaturas
chamadas irracionais,
não se abriga aos temporais,
divide todo alimento...
Prefere
ser ferido a ferir,
nem com a palavra mais leve,
ele fere
a doçura é o seu agir...
Não se toca
se não é compreendido:
o que importa é compreender...
Francisco, para quem a porta
de sua casa se fechou,
envergonhou a família
ao se apaixonar pela singeleza,
tão pouquinho sendo manto,
a mera manhã tendo tanto
brilho em seu canto
quando canta o amigo sol,
da irmã lua, o encanto...
Desamado,
não se põe envergonhado
perante o Absoluto,
que o enriquece de Graça...
O importante é amar...
E ama, apaixonado
pelo vôo da borboleta,
pelo teatro das nuvens,
pelas cores das folhas,
das flores...
Ama e ora, sem necessidade de Missa,
sem nenhum rito da Igreja...
E Francisco ama Clarissa
sem desejo carnal...
Ela
o segue no ideal,
de servir,
antes de servidos serem...
Ela o compreende, isso é tudo...
"Oh Pai, reza ele,
fazei que eu possa mais
compreender que ser compreendido"...
Ele se dá, na gloriosa alegria
da loucura santa...
"É doando que se recebe"...
E aos olhos do povo, em louco se faz,
de si mesmo, se refaz:
"Senhor, fazei de mim
um instrumento de Tua Paz"...
"Onde ódio houver,
que o amor eu leve",
leve folha a voar pelas estradas,
poentas e solitárias,
a falar de amorosidade,
em cada cidade,
a cada pessoa
ensina, determina,
que é preciso ser sempre boa,
a cada instante, de fato...
Em havendo dúvidas,
pedia o louquinho de Deus,
que eu leve aos filhos teus,
a fé...
Se as pessoas se ofendem,
mostrar-lhes-ei as batidas do próprio coração,
para que escutem a voz do perdão...
Se estiverem desunidos,
e a discórdia ocorrer em aluvião
que eu saiba como "levar a união"...
Aos que choram, sofrem
e estão desconsolados,
que eu saiba as palavras exatas,
pois quero "mais
consolar que ser consolado"...
E assim Francisco se ofereceu
sendo até hoje lembrado...
Muito amou,
mas até hoje, também
é um santo amado, venerado
em imagens de barro,
do barro que ele pisava,
descalço em seus caminhares...
Trovas sobre S.Francisco, recado de Ademar Macedo,de Graça Campos,letra de hinário.
Fazer o mal, não me arrisco,
porque Deus logo percebe,
penso igual a São Francisco:
é dando que se recebe!
(Ademar Macedo/RN)
Bendigo a pessoa honrada
que guarda, na alma, a raiz
da humildade ilimitada
de São Francisco de Assis.
(José Maria Machado Araújo/RJ)
Se São Francisco de Assis,
fosse o herói da mocidade,
dos corações juvenis
transbordaria humildade!
(Luiz Antonio Cardoso/SP)
Em meus versos, de alma nua,
a ti, eu canto louvores,
São Francisco, Irmão da Lua,
do Sol e dos Trovadores!
(Marisa Vieira Olivaes/RS)
Meu São Francisco de Assis,
irmão do sol e da lua,
leve a um destino feliz
essas crianças de rua.
(Neoly de Oliveira Vargas/RS)
Francisco de Assis, teu nome
tem pouca rima, é verdade...
Mas rima bem com a fome
que eu sinto em mim, de bondade.
(Thalma Tavares/SP)
"Cântico das Criaturas"
de São Francisco de Assis
Louvado seja Deus na natureza,
Mãe gloriosa e bela da Beleza,
E com todas as suas criaturas;
Pelo irmão Sol, o mais bondoso
E glorioso irmão pelas alturas,
O verdadeiro, o belo, que ilumina
Criando a pura glória - a luz do dia!
Louvado seja pelas irmãs Estrelas,
Pela irmã Lua que derrama o luar,
Belas, claras irmãs silenciosas
E luminosas, suspensas no ar.
Louvado seja pela irmã Nuvem que há de
Dar-nos a fina chuva que consola;
Pelo Céu azul e pela Tempestade;
Pelo irmão Vento, que rebrama e rola.
Louvado seja pela preciosa,
Bondosa água, irmã útil e bela,
Que brota humilde. É casta e se oferece
A todo o que apetece o gosto dela.
Louvado seja pela maravilha
Que rebrilha no Lume, o irmão ardente,
Tão forte, que amanhece a noite escura,
E tão amável, que alumia a gente.
Louvado seja pelos seus amores,
Pela irmão madre Terra e seus primores,
Que nos ampara e oferta seus produtos,
Árvores, frutos, ervas, pão e flores.
Louvado seja pelos que passaram
Os tormentos do mundo dolorosos,
E, contentes, sorrindo, perdoaram;
Pela alegria dos que trabalham,
Pela morte serena dos bondosos.
Louvado seja Deus na mãe querida,
A natureza que fez bela e forte:
Louvado seja pela irmã Vida
Louvado seja pela irmã Morte.
Amém.
Já bastante doente, compôs São Francisco o
"Cântico das Criaturas". Até ao fim de sua vida, queria ver o mundo inteiro num estado de exaltação e louvor a Deus.
No outono de 1225, enfraquecido pelos estigmas e enfermidades,
ele se retirou para São Damião.
Quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril, deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a criação.
A penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz, foi composta em julho de 1226, no palácio episcopal de Assis, para pôr fim a uma desavença entre o bispo e o prefeito da cidade. Estes poucos versos bastaram para impedir a guerra civil. A última estrofe, que acolhe a morte, foi composta no começo de outubro de 1226, pouco antes de São Francisco morrer - aos 44 anos de idade.
SÃO FRANCISCO DE ASSIS,
rogai por todos nós!
Porto Alegre, 03 de outubro de 2007.
2007 - TROVABELA - Ano 2
E-book no Portal CEN
CAMINHARES DE FRANCESCO
"Em anuência à simplicidade, Francesco despe as vestes do poder, as personas da nobreza, troca o relativo pelo absoluto e sai pelo mundo a colecionar belezas..." Clevane Pessoa de Araújo Lopes.
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