sexta-feira, 22 de março de 2013

A Hora do Planeta


A Hora do Planeta

Dorme Planeta, dorme —
Fechas os olhos multicoloridos,
feridos de poluição e fumaça de queimadas,
respira suavemente, os teus verdes pulmões
em fole sempiterno,
recupera teus ritmos, escuta os sons da noite,
insetos, asas, cantos, piados, cicios,
cios, aves noturnas e animais de couro
ouve cada gotícula que escorrega e lambe reentrâncias,
a construção das estalagmites e estalictites, lentíssima, dentro das cavernas,
a eclosão dos botões flores que se abrem,
a explosão das bagas e a inquietação da semente
que está sob a Terra Mãe,
as cantigas das águas em seus leitos, a correr perenes,
as folhas que docemente caem ao chão,
o avançar das raízes subterrâneas e a caída das aéreas.
Descansa Planeta
Por uma hora absolutamente natural,
Os homens de Bem querem velar teu sono...
Descansa teus ouvidos poderosos,
Freme as narinas de teu olfato detalhado,
Sente, através de teus milhões de poros,
os toques contínuos de tudo que é vivo e existe para a tua beleza.
que nessa hora de repouso universal,
os humanos não sofram incestos nem estupros,
nem sejam atingidos por balas perdidas,
que descanse da energia elétrica,
do excesso de eletrodomésticos ligados
continuamente, da claridade artificial do néon...
Dorme Planeta, dorme, enquanto recuperamos
nossos ritmos circadianos e voltamos a ser interligados
às tuas conexões revitalizadoras.
Dorme, é a tua hora:a Hora do planeta...
                                                                   Clevane Pessoa

quarta-feira, 13 de março de 2013

S.Francisco de Assis-Caminhares de Francesco-Clevane Pessoa -Alusão a 13032013-eleição de papa latino-americano, argentino


Em 13032013-Habemus Papa-Francisco I


Poema Para S.Francisco de Assis-Clevane Pessoa-1996

Ao "Poverello" Amado
(Imagem - de São Francisco da artista plástica Rose Antonelli)
Poema para São Francisco de Assis

***
Em anuência à simplicidade,
Francesco despe as vestes do poder,
as personas da nobreza,
troca o relativo pelo absoluto
e sai
pelo mundo a colecionar belezas:
as águas que lhe mitigam a sede,
o sol
que a pele lhe aquece,
a lua
que o veste de luz
as aves
cuja siringe o encanta
as árvores
em cuja sombra
descansa
qual cordeiro do Senhor...
Francesco enlouquece
de Amor !
Fala com as criaturas
chamadas irracionais,
não se abriga aos temporais,
divide todo alimento...

Prefere
ser ferido a ferir,
nem com a palavra mais leve,
ele fere
a doçura é o seu agir...

Não se toca
se não é compreendido:
o que importa é compreender...

Francisco, para quem a porta
de sua casa se fechou,
envergonhou a família
ao se apaixonar pela singeleza,
tão pouquinho sendo manto,
a mera manhã tendo tanto
brilho em seu canto
quando canta o amigo sol,
da irmã lua, o encanto...

Desamado,
não se põe envergonhado
perante o Absoluto,
que o enriquece de Graça...
O importante é amar...
E ama, apaixonado
pelo vôo da borboleta,
pelo teatro das nuvens,
pelas cores das folhas,
das flores...

Ama e ora, sem necessidade de Missa,
sem nenhum rito da Igreja...
E Francisco ama Clarissa
sem desejo carnal...
Ela
o segue no ideal,
de servir,
antes de servidos serem...

Ela o compreende, isso é tudo...
"Oh Pai, reza ele,
fazei que eu possa mais
compreender que ser compreendido"...

Ele se dá, na gloriosa alegria
da loucura santa...
"É doando que se recebe"...
E aos olhos do povo, em louco se faz,
de si mesmo, se refaz:
"Senhor, fazei de mim
um instrumento de Tua Paz"...

"Onde ódio houver,
que o amor eu leve",
leve folha a voar pelas estradas,
poentas e solitárias,
a falar de amorosidade,
em cada cidade,
a cada pessoa
ensina, determina,
que é preciso ser sempre boa,
a cada instante, de fato...

Em havendo dúvidas,
pedia o louquinho de Deus,
que eu leve aos filhos teus,
a fé...

Se as pessoas se ofendem,
mostrar-lhes-ei as batidas do próprio coração,
para que escutem a voz do perdão...

Se estiverem desunidos,
e a discórdia ocorrer em aluvião
que eu saiba como "levar a união"...

Aos que choram, sofrem
e estão desconsolados,
que eu saiba as palavras exatas,
pois quero "mais
consolar que ser consolado"...
E assim Francisco se ofereceu
sendo até hoje lembrado...
Muito amou,
mas até hoje, também
é um santo amado, venerado
em imagens de barro,
do barro que ele pisava,
descalço em seus caminhares...
***


Clevane Pessoa de Araújo Lopes---->Meu poema Caminhares de Francesco, a S.Francisco de Assis, de 1968, foi publicado como e-book, poster poemas , nos Anos 2000...

E ainda hospedado em alguns blogs e sites.

Fonte:fratellosolesorellaluna(blogspot.com/2008_10_01)
*****
"8º Século da Missão de São Francisco
Em 1208 São Francisco trabalha na reparação de São Damião, São Pedro e Santa Maria dos Anjos ou Porciúncula, ouve o evangelho da missa de São Matias (na Porciúncula) sobre a missão apostólica, muda as vestes de eremita e passa a usar as de pregador ambulante, descalço e inicia a pregação apostólica. Aqui propriamente começa o estilo de vida franciscana, apostólica. Ainda neste ano recebe em sua companhia os irmãos Bernardo de Quintavalle, Pedro Cattani e Egídio na Porciúncula".
Postado por Irmão Sol, Irmã Lua às 04:24

Neste blog, um processo de rememória , mesclado às news de minha vida: textos em prosa e versos, , eventos, capas de livros, citações, fotos.Minhas e de autores outros. Hana é flor e Haru, primavera.Haruko é meu heterônomo para haikais. Entrem , naveguem. Sintam-se em casa. Um abraço: Clevane Pessoa

domingo, 20 de março de 2011

Poema Para S.Francisco de Assis

-Clevane Pessoa

Ao "Poverello" Amado
(Imagem - de São Francisco da artista plástica Rose Antonelli)
Poema para São Francisco de Assis

***
Em anuência à simplicidade,
Francesco despe as vestes do poder,
as personas da nobreza,
troca o relativo pelo absoluto
e sai
pelo mundo a colecionar belezas:
as águas que lhe mitigam a sede,
o sol
que a pele lhe aquece,
a lua
que o veste de luz
as aves
cuja siringe o encanta
as árvores
em cuja sombra
descansa
qual cordeiro do Senhor...
Francesco enlouquece
de Amor !
Fala com as criaturas
chamadas irracionais,
não se abriga aos temporais,
divide todo alimento...

Prefere
ser ferido a ferir,
nem com a palavra mais leve,
ele fere
a doçura é o seu agir...

Não se toca
se não é compreendido:
o que importa é compreender...

Francisco, para quem a porta
de sua casa se fechou,
envergonhou a família
ao se apaixonar pela singeleza,
tão pouquinho sendo manto,
a mera manhã tendo tanto
brilho em seu canto
quando canta o amigo sol,
da irmã lua, o encanto...

Desamado,
não se põe envergonhado
perante o Absoluto,
que o enriquece de Graça...
O importante é amar...
E ama, apaixonado
pelo vôo da borboleta,
pelo teatro das nuvens,
pelas cores das folhas,
das flores...

Ama e ora, sem necessidade de Missa,
sem nenhum rito da Igreja...
E Francisco ama Clarissa
sem desejo carnal...
Ela
o segue no ideal,
de servir,
antes de servidos serem...

Ela o compreende, isso é tudo...
"Oh Pai, reza ele,
fazei que eu possa mais
compreender que ser compreendido"...

Ele se dá, na gloriosa alegria
da loucura santa...
"É doando que se recebe"...
E aos olhos do povo, em louco se faz,
de si mesmo, se refaz:
"Senhor, fazei de mim
um instrumento de Tua Paz"...

"Onde ódio houver,
que o amor eu leve",
leve folha a voar pelas estradas,
poentas e solitárias,
a falar de amorosidade,
em cada cidade,
a cada pessoa
ensina, determina,
que é preciso ser sempre boa,
a cada instante, de fato...

Em havendo dúvidas,
pedia o louquinho de Deus,
que eu leve aos filhos teus,
a fé...

Se as pessoas se ofendem,
mostrar-lhes-ei as batidas do próprio coração,
para que escutem a voz do perdão...

Se estiverem desunidos,
e a discórdia ocorrer em aluvião
que eu saiba como "levar a união"...

Aos que choram, sofrem
e estão desconsolados,
que eu saiba as palavras exatas,
pois quero "mais
consolar que ser consolado"...
E assim Francisco se ofereceu
sendo até hoje lembrado...
Muito amou,
mas até hoje, também
é um santo amado, venerado
em imagens de barro,
do barro que ele pisava,
descalço em seus caminhares...


Trovas sobre S.Francisco, recado de Ademar Macedo,de Graça Campos,letra de hinário.




Fazer o mal, não me arrisco,
porque Deus logo percebe,
penso igual a São Francisco:
é dando que se recebe!
(Ademar Macedo/RN)


Bendigo a pessoa honrada
que guarda, na alma, a raiz
da humildade ilimitada
de São Francisco de Assis.
(José Maria Machado Araújo/RJ)


Se São Francisco de Assis,
fosse o herói da mocidade,
dos corações juvenis
transbordaria humildade!
(Luiz Antonio Cardoso/SP)


Em meus versos, de alma nua,
a ti, eu canto louvores,
São Francisco, Irmão da Lua,
do Sol e dos Trovadores!
(Marisa Vieira Olivaes/RS)


Meu São Francisco de Assis,
irmão do sol e da lua,
leve a um destino feliz
essas crianças de rua.
(Neoly de Oliveira Vargas/RS)


Francisco de Assis, teu nome
tem pouca rima, é verdade...
Mas rima bem com a fome
que eu sinto em mim, de bondade.
(Thalma Tavares/SP)



"Cântico das Criaturas"

de São Francisco de Assis


Louvado seja Deus na natureza,
Mãe gloriosa e bela da Beleza,
E com todas as suas criaturas;
Pelo irmão Sol, o mais bondoso
E glorioso irmão pelas alturas,
O verdadeiro, o belo, que ilumina
Criando a pura glória - a luz do dia!

Louvado seja pelas irmãs Estrelas,
Pela irmã Lua que derrama o luar,
Belas, claras irmãs silenciosas
E luminosas, suspensas no ar.

Louvado seja pela irmã Nuvem que há de
Dar-nos a fina chuva que consola;
Pelo Céu azul e pela Tempestade;
Pelo irmão Vento, que rebrama e rola.

Louvado seja pela preciosa,
Bondosa água, irmã útil e bela,
Que brota humilde. É casta e se oferece
A todo o que apetece o gosto dela.

Louvado seja pela maravilha
Que rebrilha no Lume, o irmão ardente,
Tão forte, que amanhece a noite escura,
E tão amável, que alumia a gente.

Louvado seja pelos seus amores,
Pela irmão madre Terra e seus primores,
Que nos ampara e oferta seus produtos,
Árvores, frutos, ervas, pão e flores.

Louvado seja pelos que passaram
Os tormentos do mundo dolorosos,
E, contentes, sorrindo, perdoaram;
Pela alegria dos que trabalham,
Pela morte serena dos bondosos.

Louvado seja Deus na mãe querida,
A natureza que fez bela e forte:
Louvado seja pela irmã Vida
Louvado seja pela irmã Morte.

Amém.





Já bastante doente, compôs São Francisco o
"Cântico das Criaturas". Até ao fim de sua vida, queria ver o mundo inteiro num estado de exaltação e louvor a Deus.
No outono de 1225, enfraquecido pelos estigmas e enfermidades,
ele se retirou para São Damião.
Quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril, deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a criação.

A penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz, foi composta em julho de 1226, no palácio episcopal de Assis, para pôr fim a uma desavença entre o bispo e o prefeito da cidade. Estes poucos versos bastaram para impedir a guerra civil. A última estrofe, que acolhe a morte, foi composta no começo de outubro de 1226, pouco antes de São Francisco morrer - aos 44 anos de idade.


SÃO FRANCISCO DE ASSIS,
rogai por todos nós!



Porto Alegre, 03 de outubro de 2007.

2007 - TROVABELA - Ano 2 


http://www.recantodasletras.com.br/poesias/680445

E-book no Portal CEN

CAMINHARES DE FRANCESCO
"Em anuência à simplicidade, Francesco despe as vestes do poder, as personas da nobreza, troca o relativo pelo absoluto e sai pelo mundo a colecionar belezas..." Clevane Pessoa de Araújo Lopes.
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terça-feira, 5 de março de 2013

A Força das Mulheres-Clevane Pessoa


Clevane Pessoa


A força das mulheres

 
Nunca é demais lembrar porque em 8 de março comemora-se o DIA INTERNACIONAL DA MULHER. As trabalhadoras na Rússia, em união e protestos,em Nova York, as operárias uma fábrica de Cotton reivindicaram uma jornada de trabalho menor. Queriam trabalhar menos horas. Como se sabe, a jornada operativa das mulheres, é dupla. Põem o pé em casa – e já tem início toda uma infra-estrutura a ativar: lavar / passar / cozinhar, ensinar tarefas escolares, arrumar, educar e... cumprir as “obrigações sexuais”, senão, é um “Deus nos acuda”. Hoje, felizmente, com o advento da pílula anticoncepcional, descobriram que tinham direito ao prazer, que a sexualidade não existia apenas para a procriação...
Mas voltemos à data e questão. Os patrões simplesmente mandaram atear fogo onde estavam as rebeldes grevistas. Assim consta. Morreram queimadas. As que trabalhavam para sustentar ou ajudar a sustentar a casa, os filhos... As que tinham lá a convivência de uma história de amor, deixando os companheiros sozinhos... As mães, cujos filhos as estavam aguardando em casa, com a ansiedade das crianças cujas mães saem todos os dias, e elas esperam que voltem – mas nunca têm absoluta certeza (no consultório, em ludoterapia estou sempre testando essa angústia infantil, ajudando a curar as psicossomatizações... com a violência humana de hoje, então – “o ladrão pode matar a mamãe, que é auxiliar de enfermagem e sai tarde do trabalho...” “minha mãe tem que trabalhar para me dar as coisas” “eu quero ir junto, mas não posso...” “ela me disse que agora que ela e papai se separaram, vai trabalhar nos Estados Unidos e vou ficar...” “Tenho medo que...”... São dores legítimas, temores justificados... E os que não sabem falar, desenham, modelam, choram)...
Fico pensando naquelas que estariam grávidas... A morte multiplicada no corpo, como digo num poema. Nas que ainda iam iniciar a vida em comum, nos intervalos e folgas, a coser, bordar o enxoval... Nas que tinham um pai, mãe, avós idosos tão dependentes delas quanto crianças...
Trabalhei na Casa Abrigo Sempre Viva, que a Prefeitura Municipal mantém. Mulheres assustadas, ali escondidas com seus filhos, a quem reensinávamos a re / viver, a se re / conhecer, tão perdidas de si mesmas e assustadas estavam. Havia quem apanhasse porque penteava os cabelos – uma vaidade, um pecado, sentenciava o algoz.. Quem tinha de “suportar” o marido drogado de pé, contra a parede, enquanto amamentava um bebê. Sem carinho, sem desejo, objeto de uso! Quem poderia, a qualquer momento ser assassinada – como queima de arquivo, já que o companheiro era traficante... As vítimas de delírio celotípico (o monstro do ciúme, injustificado, a torturar mental e fisicamente)... As casadas com adúlteros machistas, que batiam nelas enquanto paparicavam amantes. Os maus, os monstros, os doentes mentais...
Mas mulher se refaz de si. É forte, corajosa e bela. Como a Fênix mitológica, grega, que renascia das cinzas, mas bela. Ou como a Fênix japonesa, bicando o peito num período de seca, para alimentar, com o próprio sangue os filhotes a piar nos ninhos...
A mulher antiga tinha a intuição altamente desenvolvida. Via, com os olhos da alma. Preparava remédios fitoterápicos. Fazia partos. Amparava tantos os que nasciam quanto os que morriam. E continuava amparando os que viviam.
Na Inquisição, taxadas de feiticeiras e torturadas barbaramente, morriam pelas dores, por ataques cardíacos, por cansaço, pelo fogo, enterradas vivas, desarticuladas. Passaram às demais, a noção de PERIGO. Era perigoso sermulher.
E, na ampulheta do tempo, longo tempo se passou, para escoar a areia, até que hoje, todas querem se renovar, se empoderar. Na moderna Wicca – a ciência do natural – recuperam o perdido...
Este escrito hoje, é para homenagear a vocês, MULHERES, e lhes desejar LUZ para que jamais sucumbam nem permitam que lhes seja roubada a sua extrema FORÇA. VOCÊS PODEM.
Pensem nisso.

><

Originalmente publicado em:

http://www.jornaldepoesia.jor.br/clevanepessoa4.html

(Imagem--:Nankim, bico de pena-->Arte-->Clevane Pessoa-Graal Feminino Plural-parte do todo.) 

sábado, 2 de março de 2013

TRovas-21 de Março;Dia das Florestas-Clevane Pessoa


Campanha pelas Florestas-Trova sobre as queimadas -Clevane Pessoa


A LITERATURA das MULHERES DA FLORESTA -Nova antologia da REBRA-

 Joyce Cavalccante, presidente da REBRA e a antologista escreve:

 "AS AMAZONAS BRASILEIRAS 

De tanto respirarmos a atmosfera desse planeta chamado Brasil, nós, as mulheres dessa terra, fomos nos metamorfoseando nas conhecidas Amazonas que, segundo relatos dos conquistadores europeus, habitavam as margens da maior bacia fluvial do mundo - com cerca de 7.050.000 quilômetros quadrados - ao norte da América do Sul. Foi um retrocesso benéfico que nos dirigiu à nossa primordial condição molecular. Uma reintegração de posse do nosso DNA, que nos certificou como mulheres da floresta. Desde muito, a mulher amazona coincide com o arquétipo da mulher brasileira: livre, independente e autossustentável, sobrevivendo bem com, ou sem, o arrimo masculino e almejando participar da vida pública por seus próprios méritos. Não por coincidência, o nome amazõn é a forma jônica para a palavra ha-mazan, cujo significado é “lutando junto”. Os povos jônicos, segundo vestígios históricos, foram os primeiros a entrar em contato com elas e, provavelmente, a selar alianças. Porém, as narrativas sobre a existência de uma tribo de mulheres aguerridas estão em todas as civilizações: da China à Capadócia, chegando à Grécia, onde sincretizaram com o mito da Deusa Artemis, de quem tiravam inspiração. Também passaram pela Guerra de Troia, quando a rainha Pentesileia foi ferida mortalmente pelo matador em série, Aquiles; assim como pela rainha Hipólita, se apaixonou o mulherengo herói Teseu. Depois, um largo hiato de tempo se fez, sem que se tivesse notícias das intrépidas mulheres cujo costume era lutar ao lado de seus parceiros pelas boas causas. Delas muito se falava e pouco se sabia. Talvez estivessem transitando, já que o mundo era sua pátria. E sua pátria era um mundo. Assim foram localizadas no norte do Brasil, enquanto afugentavam conquistadores estrangeiros que lhes queriam tomar as terras e violar a natureza. Humilhados, os invasores espalharam que haviam sido derrotados pelas imbatíveis Amazonas, capazes de cauterizar um dos seios para melhor desempenhar sua missão. Emoldurados em respeito, esses conceitos habitam o imaginário popular quando se refere à mulher brasileira. E nós nos reconhecemos nessas descrições. Hoje, a nossa tribo é composta de 97.400.000 guerreiras empenhadas em conduzir esse país continental ao seu verdadeiro destino de ordem e justiça, paz e progresso. Joyce Cavalccante Presidente da REBRA-Rede de Escritoras Brasileiras organização que chancela essa antologia www.rebra.org"


75 países e todos os continentes. Atualmente, os negócios com produtos certificados geram negócios da ordem de 5 bilhões de dólares por ano em todo o globo. FSC é uma sigla em inglês para a palavra Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português. 

><



Como surgiu o FSC?
Este conselho foi criado como o resultado de uma iniciativa para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das florestas do mundo inteiro. Seu objetivo é difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência no longo prazo. Para atingir este objetivo, o FSC criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente, chamadas Princípios e Critérios, que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica, e são os mesmos para o mundo inteiro.

Como atua o FSC?
O FSC atua de três maneiras: desenvolve os princípios e critérios (universais) para certificação; credencia organizações certificadoras especializadas e independentes; e apóia o desenvolvimento de padrões nacionais e regionais de manejo florestal, que servem para detalhar a aplicação dos princípios e critérios, adaptando-os à realidade de um determinado tipo de floresta."


Divulgando:Clevane Pessoa de Araújo Lopes.

><

Nova Antologia da REBRA mostra o respeito pelas florestas.As autoras afiliadas foram convidadas por Joyce Cavalccante , Presidente da REBRA, a escrever-em versos ou prosa- algo sobre o feminino e a floresta.Especialemnte inpirada por ativismos nativos, contei uma experiência de consultório:o encontro da psicóloga que sou com a mulher im/paciente, à minha frente, precisando de encontro consigo mesma.Durante o exercpicio terapêutico com ela, aconteceu-nos algo lindo, a comunhão fdo feminino com a floresta-em estado Alpha.
Capa:arte de Walde Mar de Andrade e Silva, artista, o fundador do Museu do Indio no Embu das Artes
 


Clevane Pessoa 





A Literatura das Mulheres da Floresta-Antologia da REBRA-organizada por Joyce Cavalccante.


 Joyce Cavalccante, presidente da REBRA e a antologista escreve:

 "AS AMAZONAS BRASILEIRAS 

De tanto respirarmos a atmosfera desse planeta chamado Brasil, nós, as mulheres dessa terra, fomos nos metamorfoseando nas conhecidas Amazonas que, segundo relatos dos conquistadores europeus, habitavam as margens da maior bacia fluvial do mundo - com cerca de 7.050.000 quilômetros quadrados - ao norte da América do Sul. Foi um retrocesso benéfico que nos dirigiu à nossa primordial condição molecular. Uma reintegração de posse do nosso DNA, que nos certificou como mulheres da floresta. Desde muito, a mulher amazona coincide com o arquétipo da mulher brasileira: livre, independente e autossustentável, sobrevivendo bem com, ou sem, o arrimo masculino e almejando participar da vida pública por seus próprios méritos. Não por coincidência, o nome amazõn é a forma jônica para a palavra ha-mazan, cujo significado é “lutando junto”. Os povos jônicos, segundo vestígios históricos, foram os primeiros a entrar em contato com elas e, provavelmente, a selar alianças. Porém, as narrativas sobre a existência de uma tribo de mulheres aguerridas estão em todas as civilizações: da China à Capadócia, chegando à Grécia, onde sincretizaram com o mito da Deusa Artemis, de quem tiravam inspiração. Também passaram pela Guerra de Troia, quando a rainha Pentesileia foi ferida mortalmente pelo matador em série, Aquiles; assim como pela rainha Hipólita, se apaixonou o mulherengo herói Teseu. Depois, um largo hiato de tempo se fez, sem que se tivesse notícias das intrépidas mulheres cujo costume era lutar ao lado de seus parceiros pelas boas causas. Delas muito se falava e pouco se sabia. Talvez estivessem transitando, já que o mundo era sua pátria. E sua pátria era um mundo. Assim foram localizadas no norte do Brasil, enquanto afugentavam conquistadores estrangeiros que lhes queriam tomar as terras e violar a natureza. Humilhados, os invasores espalharam que haviam sido derrotados pelas imbatíveis Amazonas, capazes de cauterizar um dos seios para melhor desempenhar sua missão. Emoldurados em respeito, esses conceitos habitam o imaginário popular quando se refere à mulher brasileira. E nós nos reconhecemos nessas descrições. Hoje, a nossa tribo é composta de 97.400.000 guerreiras empenhadas em conduzir esse país continental ao seu verdadeiro destino de ordem e justiça, paz e progresso. Joyce Cavalccante Presidente da REBRA-Rede de Escritoras Brasileiras organização que chancela essa antologia www.rebra.org"


A nova antologia:A Literatura das Mulheres da Florestas.

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Clevane Pessioa e outra antologia da REBRA.
>,
75 países e todos os continentes. Atualmente, os negócios com produtos certificados geram negócios da ordem de 5 bilhões de dólares por ano em todo o globo. FSC é uma sigla em inglês para a palavra Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português. 

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Como surgiu o FSC?
Este conselho foi criado como o resultado de uma iniciativa para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das florestas do mundo inteiro. Seu objetivo é difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência no longo prazo. Para atingir este objetivo, o FSC criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente, chamadas Princípios e Critérios, que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica, e são os mesmos para o mundo inteiro.

Como atua o FSC?
O FSC atua de três maneiras: desenvolve os princípios e critérios (universais) para certificação; credencia organizações certificadoras especializadas e independentes; e apóia o desenvolvimento de padrões nacionais e regionais de manejo florestal, que servem para detalhar a aplicação dos princípios e critérios, adaptando-os à realidade de um determinado tipo de floresta."


Divulgando:Clevane Pessoa de Araújo Lopes.

><

Nova Antologia da REBRA mostra o respeito pelas florestas.As autoras afiliadas foram convidadas por Joyce Cavalccante , Presidente da REBRA, a escrever-em versos ou prosa- algo sobre o feminino e a floresta.Especialemnte inpirada por ativismos nativos, contei uma experiência de consultório:o encontro da psicóloga que sou com a mulher im/paciente, à minha frente, precisando de encontro consigo mesma.Durante o exercpicio terapêutico com ela, aconteceu-nos algo lindo, a comunhão fdo feminino com a floresta-em estado Alpha.
Capa:arte de Walde Mar de Andrade e Silva, artista, o fundador do Museu do Indio no Embu das Artes
 


Clevane Pessoa