-Maria Teresa Horta (*)recusa prémio D. Dinis das mãos de Passos Coelho-
Na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto, cujo júri é formado por poetas, os meus pares mais próximos - pois sou sobretudo uma poetisa, e que me honra imenso -, ir receber esse prémio das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país.❧Sempre fui uma mulher coerente; as minhas ideias e aquilo que eu faço têm uma coerência.❧
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Sou uma mulher de esquerda, sempre fui, sempre lutei pela liberdade e pelos direitos dos trabalhadores.
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O primeiro-ministro está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com o 25 de Abril e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores, os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso fosse natural.
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O país está a entrar em níveis de pobreza quase idênticos aos das décadas de 1940 e 1950 e, na realidade, é ele [Passos Coelho], e o seu Governo, os grandes mentores e executores de tudo isto.
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Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação, recuso recebê-lo das mãos do primeiro-ministro.
via Lusa
Sou uma mulher de esquerda, sempre fui, sempre lutei pela liberdade e pelos direitos dos trabalhadores.
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O primeiro-ministro está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com o 25 de Abril e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores, os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso fosse natural.
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O país está a entrar em níveis de pobreza quase idênticos aos das décadas de 1940 e 1950 e, na realidade, é ele [Passos Coelho], e o seu Governo, os grandes mentores e executores de tudo isto.
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Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação, recuso recebê-lo das mãos do primeiro-ministro.
via LusaMaria teresa Horta é mulher coerente.Não recusou o prêmio, mas a forma de premiação, pelas mãos de quem ela não considerou compatível.Mostra não estar centrada no próprio umbigo ,ter uma visão ampla do que acontece em seu entorno, em seu país.
Corajosa, belíssima , expõe seus motivos de maneira clara e convicente.Podem ser pessoais, não importa;qfinal, tudo nosso não ser deve assim ,fruto de nossa intrapessoalidade?Clevane Pessoa
C Araújo Lopes Uma consideração, por analogia-mas nada a ver com o ato de Maria teresa, a quem aplaudo e mereceu seu =prêmio.Muitos aqui no Brasil, recebem prêmios vazios de significação, apenas por indicação.O mínimo que peço, é que me digam o porque da outorga de algum prêmio.Se o premiado não estiver presencialmente, não recebe, em muitos casos.Por que?Vinculam a adesões pagas, de almoços e jantares.Acho que colebrar é válido, sim -confraternizar, algo esperado- não que vinculem uma premiação a um pagamento.Já recebi prêmios literários em outro país.Não estava lá presencialemente, mas veio tudo pelo Correio-qual o prato do bronze, pesada medalha ,certificados e coletênea pelo Prêmio Ex Aequo de conto livre- no Algarve, em Portugal.Foi à época Collor em que o dinheiro foi subtraído do cidadão e não pude viajar.Já no Brasil, fui indicada para uma premiação, por três anos consecutivos -cada ano, um troféu dferente .Mas não pude ir.E passou batido, não voltaram a escrever, nada me enviaram.Dessa forma, quero sempre saber o porquê de uma premiação.Tenho de sentir que a mereço, para aceitar. Saber que faria jus a ela.Uma questão de brio e de não entrar em simples modismos.Fico muito feliz quando premiada, claro! Sou a favor de reconhecimentos -e observo que tantos fazem tanto pela Cultura, por sua sobras ou ações e permanecem camuflados-e muitos vestem-se para solenidades pensando nas fotografias e filmagens e recebem tranquilamente algo que nada tem a ver co eles...Coisas que precisam mudar! É preciso merecimento real para que a alma possa alegrar-se legitimamente e todos poderem aplaudir sem críticas e tititi.Clevane Pessoa de Araújo Lopes-Belo Horizonte-MG-Brasil
Um dos poemas de Maria Tereza Horta :
Poema sobre a recusa
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Maria Teresa Horta recusa receber prêmio das mãos de Passos Coelho-Portugal
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