O poeta Francisco Elíude P.Galvão (Na foto, com uma das netas)(*) , de raízes paraibanas
e radicado em S.Vicente,SP, recebeu ontem , 29 de agosto, a comunicação de entrada à ALB,
Seção da Suiça.(http://albswiss.blogspot.com.br/2013/08/ato-da-presidencia-00313-edital-para.html)
Dono de estilo próprio e capaz de apreender a vida, sentimentos e emoções, com
leveza.Seus versos sempre flutuam, mas consistentes, no entorno de um
tema.Costuma escrever na madrugada, tendo sempre um caderninho para anotar o
que lhe ocorre, muitas vezes, durante o dia, em seu hábito contemplativo de
analisar e ponderar a vida. Muitos de seus textos revelam uma filosofia de vida
consistente e bela.
Romântico, embora de pés no chão, confessa que, para ele,
"Os sonhos são como pássaros: Alguns deles podem até não atingir o mais alto penhasco por terem asas pequenas, mas se acreditarem em si mesmos, o vento da esperança fá-los-ão chegar lá.(Francisco Elíude)
Pessoa de formação religiosa, não tem pejo de mostrar-se espitirualizado e pleno de fé
...Eis alguns de seus poemas, numa breve exposição, dada à prolífera criação, mas que
dará uma idéia de sua verve, mas em b rev e, publicarei um poemário com mais exemplos da variada
inspiração temática e de gênero.:
ACALANTO
Bem queria ser o ápice da ternura,
para afagar teus cabelos,
te embalar em poesia;
te abraçar com ventura...
Quisera ser
a água cristalina da fonte;
o raio de sol no horizonte
ou a brisa morna da aurora:
Para acariciar o teu corpo;
te fazer sonhar comigo
e ver-te pensar em mim ao despertar!...
Quisera ser um rouxinol
cantando na tua janela;
ver tuas mãos se entrelaçando
ao bocejar diante de um arrebol...
E no final do dia,
quando todo o céu se cobrisse de luz
sob o luar de morno encanto
a iluminar esse amor
Eu pudesse, sobre ti,
derramar-me em doce e terno acalanto.
(F. Elíude P. Galvão)
São Vicente(SP)
Bem queria ser o ápice da ternura,
para afagar teus cabelos,
te embalar em poesia;
te abraçar com ventura...
Quisera ser
a água cristalina da fonte;
o raio de sol no horizonte
ou a brisa morna da aurora:
Para acariciar o teu corpo;
te fazer sonhar comigo
e ver-te pensar em mim ao despertar!...
Quisera ser um rouxinol
cantando na tua janela;
ver tuas mãos se entrelaçando
ao bocejar diante de um arrebol...
E no final do dia,
quando todo o céu se cobrisse de luz
sob o luar de morno encanto
a iluminar esse amor
Eu pudesse, sobre ti,
derramar-me em doce e terno acalanto.
(F. Elíude P. Galvão)
São Vicente(SP)
Em "Acalanto", acima, mostra a ternura qual um ideal, no de sejo confesso de ser àpice de ternura, para apresentar-se à amada, em váriso estados de elementos da natureza, raio de sol, brisa, rouxinol, para , com o auxilio da música, acalentá-la.Lírico e leve, o poema abre este mostruário de lirismo puro.
Outros:
BUSCA
Ninguém jamais até hoje
a solidão explicou
sem que a tenha sentido
com a perda de um grande amor...
As marcas que ela deixa
nos caminhos por onde passa,
Machucam e fazem doer;
torturam e fazem pirraça!...
Fazem tempestade sem vento,
ou transformam vento em tufão...
Até as mais belas cores
que nos fascinam o olhar,
Acinzentam-se em dores
machucando o coração...
As flores perdem as pétalas
e os lírios o pudor;
Os rios até mudam de curso
desviando do mar os seus leitos...
E assim, como o pensamento,
mesmo errando na busca busca,
Procuram se encontrar.
(F. Elíude P. Galvão)
São Vicente(SP)
Ninguém jamais até hoje
a solidão explicou
sem que a tenha sentido
com a perda de um grande amor...
As marcas que ela deixa
nos caminhos por onde passa,
Machucam e fazem doer;
torturam e fazem pirraça!...
Fazem tempestade sem vento,
ou transformam vento em tufão...
Até as mais belas cores
que nos fascinam o olhar,
Acinzentam-se em dores
machucando o coração...
As flores perdem as pétalas
e os lírios o pudor;
Os rios até mudam de curso
desviando do mar os seus leitos...
E assim, como o pensamento,
mesmo errando na busca busca,
Procuram se encontrar.
(F. Elíude P. Galvão)
São Vicente(SP)
><
SONOLÊNCIA A DOIS
De súbito, acordamos...
E meio a meio
ainda sonolentos, bocejamos
iluminados pelo primeiro sol da manhã.
Café na cama...
E beijo a beijo soletramos o alfabeto
de uma extensa linguagem de amor.
E veio o tempo inadiável
cobrando atitudes
sobre quimeras vividas
nessa quase demência incansável!
Esmorecidos,
nos vestimos de cores
e dali saímos amarrotados
pelo êxtase moroso explorado...
E dessa paixão que ficou,
num pretérito mais que perfeito,
que aos poucos vi perder-se na distância,
a própria distância consumida
pelo tempo que me deu tempo,
de não antes partir
sem me permitir comigo levar
o sabor do teu último beijo.
(F. Elíude P. Galvão)
Texto:Clevane Pessoa de Araújo.
Fotos:Facebook, LInha do tempo do Poeta.
(*) Breves dados biográficos:
FRANCISCO ELÍUDE PINHEIRO GALVÃO, natural do Rio Grande do Norte, Poeta, Autodidata, residente e domiciliado na cidade de São Vicente(SP) desde 1978.II - Acadêmico Honorário da Academia Boituvense de Letras e Artes desde 2012, indicado pela Comendadora e atual Presidente da citada Instituição.
III - Membro da Sociedade dos "Poetas Vivos" de Santos- desde 2007.
Participações em diversas Coletâneas poéticas já publicadas no Estado de São Paulo desde 2007.
Publicações de poesias em revistas literárias pelo Clube dos Escritores de Piracicaba-SP.
Participações e premiações em Concursos Literários locais e regionais na Baixada Santista-SP.